É curioso observar Wim Wenders num filme de género, ou subgénero, como neste noir (ou neo-noir) O Amigo Americano. Mais curioso será dizer que facilmente se perceberia de quem seria este filme se não se soubesse o nome do realizador.
É recorrente num ou outro filme de Wenders a frase não se deve ter medo de nada senão do próprio medo, ou uma ligeira variação. No caso do realizador pode-se dizer que o medo que deve ser temido será o da criação desprovida de qualquer emoção, paixão, no fundo descartável, que torne os seus filmes comuns e "realizáveis" por qualquer um.
Mais um belo filme de Wenders com direito a participações especiais em homenagem à sua escola: Nicholas Ray, Samuel Fuller e Jean Eustache.